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Sou um aprendiz da vida, um aluno teimoso e muitas vezes repetente como a maioria, mas, após tantas quedas e solavancos da vida, eu começo a despertar as boas potencialidades latentes em mim. É um processo longo esse, bem o sei, mas não deixarei que pensamentos, sentimentos e emoções doentias tomem o controle da minha vida. Chega de de sofrer por causa dessas escolhas equivocadas! Tudo agora vai acontecendo passo á passo. Nada de pressa nem ansiedade, as coisas não acontecem de uma hora para outra. A natureza não dá saltos. Agradeço ao criador de todas as coisas por essa mudança que começa a se processar em mim.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Será que Papai Noel morreu?


Será que Papai Noel morreu?

Sempre que chega o final de ano fico pensando nas crenças de quando éramos criança. Na minha geração talvez fôssemos mais ingênuos e menos questionadores da realidade que nos cercava e, por isso mesmo, acredito eu, a grande maioria de nós ainda ficava à espera do bom velhinho para nos trazer um presente de natal. Em grande parte dos lares (incluindo o desse que vos fala) a pobreza era tanta que só restava ELE para nos trazer o tão sonhado presente natalino.
Se ELE não pôde trazer o nosso mimo no ano anterior, pois que talvez estivesse muito ocupado e não tenha podido ir a todos os lugares, pouco nos importa. Para nós, ainda restava a esperança de que ELE iria nos visitar naquele ano. E ficávamos a pensar: Esse ano esse senhor de barbas brancas e rosto simpático há de se lembrar de nós.

-Ingenuidade nossa?
Talvez.

Falta de informação?

É possível, mas Isso não era tão importante assim para nós.

Vivíamos a nossa realidade da maneira que era possível vive-la...

Na vida cotidiana a realidade naquele tempo era outra, pois não tínhamos tanta informação como se tem hoje: não existia internet, as redes sociais eram coisas de filmes futuristas e as informações jornalísticas eram transmitidas via satélite, chegando aos nossos lares (nem todos) pela televisão. Claro, com todos os problemas que pudessem acarretar uma transmissão dessa natureza.

Paremos por aqui com as viagens no tempo da nossa infância, senão o choro pode molhar o papel e estragar tudo o que pretendemos escrever. Chega de saudades, basta de nostalgia! Mas de que eu queria falar mesmo? Já estou até me esquecendo.

A sim. Soube de uma informação, de uma noticia e acho que ela é mesmo quente, mas não sei direito a fonte: fiquei sabendo por aí que PAPAI NOÉL havia morrido. As circunstancias não ficaram muito claras, mas pelo que pude compreender ele caiu num buraco para nunca mais voltar. Não. Nunca mais talvez seja muito tempo, quem sabe ele não consiga escapar dessa com vida, surpreendendo até os céticos quanto à sua recuperação? Muita gente ainda não acredita na sua morte, mas ainda assim vou relatar os fatos que chegaram até a mim.

ELE supostamente andava nas proximidades de uma avenida movimentada duma grande metrópole naquela azafama, apressado em buscar suas muitas encomendas natalinas. Parece que tinha a companhia próxima de Fortuna, a deusa romana do acaso, da sorte, do destino e da esperança. Eles andavam distraidamente e havia uma ponte que ligava os dois mundos: O mundo da realidade, turbulento e racional e o mundo da fantasia, onde a imaginação ganhava ares de realidade.

Eles andaram por muito tempo no mundo da fantasia (supostamente um mundo paralelo ao nosso “mundo real”) e precisavam atravessar a tal ponte para chegarem ao mundo real. Não perceberam que essa ponte estava muito deteriorada e desgastada pelo tempo e acabaram caindo num grande buraco, conhecido como buraco do esquecimento. Ninguém os encontrou, ninguém sabe aonde foram parar. Teriam morrido juntos Papai Noel e a (deusa da) esperança? Isso teria acontecido há alguns anos ou algumas décadas? Ninguém sabe ao certo.

O que podemos observar é que a morte da esperança (vamos chamá-la assim) e de Papai Noel que caíram no buraco do esquecimento deixou muita gente sem chão. A desesperança levou ao desespero e a falta dessas referências pode estar levando à morte da união, do amor, da solidariedade, da ética.

- Vamos todos fazer um mutirão para consertar essa ponte que nos liga ao “mundo paralelo” dos 
nossos ancestrais.

À parte as crenças religiosas, vamos todos nos unir em torno do amor, antes que Afrodite (deusa do 
amor) também caia no buraco do esquecimento e então estaremos todos irremediavelmente perdidos.

Francisco Lima.

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