Justiça para
quem?
Justiça para
os pés descalços
Para os
pobres não há atenuantes jurídicos e
a lei não pode ser objeto de imbróglios
ou discussões filosóficas, pois não há tempo a perder com a ralé. O judiciário
tem muito trabalho a fazer e a letra da
lei deve ser fria e objetiva e a condenação deve ser certa. Assim, não é de se estranhar que ladrão de galinha é o que não falta em nossas
prisões.
Justiça para
a elite
Já os afortunados e delinquentes de terno e
gravata não podem ser condenados sem que haja um intenso e interminável debate
jurídico no qual as interpretações das leis podem variar ao infinito, talvez
objetivando justificar a não condenação de um membro da elite da qual os
próprios magistrados são parte integrante.
AS PROVAS NESSE CASO, NÃO SÃO TÃO RELEVANTES ASSIM.
É com esse
tipo de postura que se condena uma mulher que furtou um ovo de páscoa a anos de
prisão e se absolve outras duas gastaram milhões em dinheiro publico desviado,
ainda que as provas sejam fartas no caso das duas damas da elite.
É assim que
vejo a “justiça” no Brasil de hoje. Sempre tem sido assim, mas já está mais do
que na hora de começar uma mudança. Você
também não acha?
Francisco
Lima
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